terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

i'm getting too emocional.

as emoções são um monte de tralha que o corpo arrasta durante um tempo demasiado indefinido e que se abate na pele. emoções é aquilo que escorre pela cara e que nos deixa o cérebro a corroer-se por dentro. se quiser livrar-me delas o que é que preciso fazer? atirar-me contra a parede e esvair-me em sangue, ou pura e simplesmente esvazio o corpo e deixo que a minha mente faça o resto? não sei como é que isto funciona. estou desregulada, preciso de tempo, espaço e ar livre que me deixe a alma a flutuar. ultimamente não tenho estado cá, é só um corpo livre de ossos que paira. preciso descobrir as minhas asas e parar de sentir, parar de querer isto. as minhas pernas são gelatinas e o meu corpo deixou de ser meu. os meus ossos começam a doer-me, as minhas mãos têm ferrugem e as minhas palavras são sujas e fora de contexto. deixei os ses e os mas para trás, mas não consigo deixar os porquês e o ques. já como o outro dizia, eu só estou bem, aonde não estou. na verdade, eu sei bem onde quero ir, apenas tenho a certeza que não posso lá ficar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

natural woman

o que é que acontece quando nos partimos em mil pedaços e caímos desfeitos no chão? o que acontece quando as lágrimas passam a ser oxigénio e os gritos palavras? caímos, esfolamos cérebros, cortamos corações, traímos almas e esquecemos segredos. voltamos a cair e deixamos de nos importar com o que estava para além do que aconteceu. como é que colamos órgãos que estupidamente se lembraram de sentir amor quando não deviam sentir? como é que cortamos a ligação dos sentimentos? preciso de super cola três para me colar e readaptar a um meio que não quero. preciso de alguém que se lembrou de fazer comparações heróicas sobre séries e que na verdade é mais inteligente que eu no que toca à racionalidade. preciso dele.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

afinal, quem me traz?

era isto que queria poder dizer-te: sei que te magoei, estraguei o que tinhas dentro de ti, parti em pedaços sentimentos que jamais vão voltar ao que eram. sei que não fui uma boa pessoa, que menti, traí, errei e fiz asneira recorrente. multipliquei as desgraças por mil e que no fim não estava lá para te apoiar. mas tenho sentimentos e, poder admitir isto tudo significa que cresci, de uma maneira ou de outra. esses sentimentos passam-me pela garganta e queimam-me por não conseguir expressa-los e atira-los cá para fora. são esses mesmos sentimentos que me fazem acreditar que não presto e que saudades são só desgostos que tenho por não estares aqui. se pudesses sentir pelo menos um quarto daquilo que sinto por ti... toda a outra metade a minha garganta não me deixa soltar cá para fora. cobardia ou não, é deste jeito que sou. e agora?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

insónia de sexto sentido.

acordei por volta das cinco, das seis, das sete e assim sucessivamente até ter coragem para sair da cama. sonhei que era anjo, demónio, céu, terra, amor, ódio e assim sucessivamente até entender que afinal sou apenas eu. dei por mim virada para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo e assim sucessivamente até perceber que afinal o que estava mal não era a posição, era a almofada. em tantas horas de insónias, de pensamentos mal formados e com sentidos invisíveis consegui aperceber-me de que afinal o que interessa não são as horas que dormimos, com quem dormimos ou o que fazemos para adormecermos, mas aquilo que nos passa pela cabeça enquanto estamos deitados. insónia é só um termo para: "fodasse! hoje tenho o cérebro a mil à hora, a minha cabeça não pára de latejar e por acréscimo os sentimentos são demasiados para me deixar descansar." e por isso hoje acordei por volta das cinco, das seis, das sete, das oito, das nove, das dez até ter a coragem suficiente para parar o cérebro e entrar num mundo de "deixa andar". sucessivamente parei os passos que me distanciam do sofá para não ter a possível tentação de me sentar e voltar a enterrar-me naquilo que com tanto sacrifico me livrei. foi por isso que hoje quando decidi sair da cama me dirigi à casa de banho. com sentido, sem sentido, mal formado, bem designado, seja como for, a sanita não é lugar agradável e levou-me os pensamentos com o autoclismo. com sentido, sem sentido, mal formado, bem designado, seja como for, é nisto que hoje estou a pensar.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

atmosfera do meu silêncio.

AAAHHHH! quero o meu cérebro vazio, limpo, feito de pensamentos não errados e não comuns. quero-me inteira! quero-me de volta. onde raio é que me meti? quero voltar porta dentro. como é que se chega a um ponto de desgaste e se volta ao ponto de retorno? como é que agimos de forma politicamente correta quando somos loucos por natureza? e porque razão existem perguntas sem resposta?! MERDA! onde é que eu me fui meter? devo estar enfiada em algum canto e não sei para onde hei-de virar. quero-me a mim, inteira, intacta, sem ferimentos cerebrais ou físicos. como é que me posso querer tanto que nem sequer me consigo encontrar? a suplicação é de certo modo a frustração daqueles que não conseguem alcançar o que querem, não te estou a suplicar, quero apenas o meu corpo de volta, porque eu não sei onde o meti.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

make belive.

decisões drásticas, trazem rumos descoordenados. quero multiplicar-me, fazer-me entender, evaporar-me, queimar-me de ideias, pentear-me de pensamentos, andar em cima de cérebros mal formados que não compreendem maneiras de pensar. quero afastar-me! são decisões com reticências e montes de pontos de interrogação que nos fazem ter a certeza de que afinal não éramos para sempre.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

próximo passo: ?

existem desesperos que vêm por bem. outros nem tanto. esquece os próximos passos a dar. estás em direcção ao abismo. precisas acordar. abrir os olhos. libertar a garganta. GRITA. próximo passo: ? com dúvida. sem dúvidas. confuso. difuso. mal escrito. mal formado. indeciso. ABISMO. histerismo. próximo passo... dizer ADEUS aos que não fazem falta.

apontamentos

rascunhos e recortes

A minha foto
sem meio termo definido e de asas abertas.